As mortes por câncer de ovário
diminuíram em muitos países entre 2002 e 2012 e seguirão caindo pelo
menos até 2020, principalmente graças à generalização do uso da pílula
anticoncepcional, revela um estudo publicado nesta terça-feira. Outra
explicação plausível pode ser a menor utilização de tratamento hormonal
em mulheres na menopausa há uma década, indica o estudo publicado pela
revista Annals of Oncology.
Acredita-se
que os contraceptivos orais têm um efeito protetor contra o câncer de
ovário, enquanto o tratamento hormonal substitutivo aumentaria o risco.
Em seu estudo, os pesquisadores liderados por Carlo La Vecchia, da
Universidade de Milão, mostraram que a redução da mortalidade por câncer
de ovário foi mais acentuada nos Estados Unidos (16%), na Austrália e
na Nova Zelândia (12%). A mortalidade baixou 10% nos países da União
Europeia (UE) entre 2002 e 2012, passando de 5,76 mortes por cada
100.000 mulheres a 5,19.
Mas a queda
variou segundo os países, de 0,6% na Hungria a 28% na Estônia. “As
grandes variações da taxa de mortalidade na Europa diminuíram desde os
anos 1990 (…) provavelmente devido a uma utilização mais uniforme dos
anticoncepcionais orais, assim como por fatores reprodutivos, como a
quantidade de filhos por mulher”, destacou La Vecchia. Ele reconhece, no
entanto, que existem diferenças notáveis entre países como
GrãBretanha, Suécia ou Dinamarca, por um lado, onde as mulheres
começaram a tomar anticoncepcionais a partir dos anos 1960, e os países
da Europa Oriental, que o fizeram mais tarde.
Outras
regiões mostraram tendências menos consistentes. A quantidade de câncer
de ovário diminuiu nos países do cone sul da América Latina. Argentina,
Chile e Uruguai mostraram uma queda entre 2002 e 2012, mas em Brasil,
Colômbia, Cuba, México e Venezuela houve um aumento da mortalidade. Da
AFP.
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